O MENINO ZEZINHO TROUXE MINHA NETA DE VOLTA!





Zuleide costumava visitar o cemitério da Soledade pelo menos uma vez por mês. Habituada a acender suas velas no cruzeiro, ela sempre via num tumulo próximo da entrada do cemitério, objetos, brinquedos, velas, roupas e outras coisas, deixadas por devotos de uma criança que faleceu no final do século 19. Essa criança é conhecida por muitos que vão ao Soledade como “menino Zezinho”. Zuleide já tinha ouvido falar de seus milagres, mas nunca pensou em acender velas em seu tumulo.
Um dia, ela estava muito aflita com o desaparecimento de sua neta que havia se perdido da mãe próximo ao Ver-o-Peso. A menina tinha sumido antes das 10 horas da manhã. Todos estavam desesperados a sua procura, mas até as 15 horas, não havia nenhuma notícia. Foi ai que Zuleide, já sem saber a quem pedir ajuda, decidiu ir até o cemitério da Soledade, ascender um maço de velas no cruzeiro, e pedir que as almas a ajudassem a encontrar sua neta. Com o cemitério quase vazio, ela acendeu suas velas, e antes de fazer qualquer pedido, ouviu uma voz infantil chamar seu nome. Olhando para trás, ela viu que um menino franzino, que usava uma roupa de características bastante antigas, a chamara. Ele estava parado justamente perto da sepultura do menino Zezinho.
Assustada mas em dúvida se aquele era um fantasma ou apenas uma criança, ela afastou-se poucos metros do cruzeiro, mas não teve coragem de chegar muito perto do menino. Zuleide teve certeza de que aquele garoto não era de nosso mundo, quando notou que seus olhos brilhavam como se fossem duas pequenas luzes. Sorrindo, a criança abriu a mão direita, fazendo um sinal como se a estivesse pedindo para aguardar. Depois, mostrou-lhe cada um de seus cindo dedos da mesma mão. Em seguida, ele desapareceu na sua frente com se nunca ali estivesse. Extremamente confusa e assustada, misteriosamente ela saiu do cemitério com uma reconfortante esperança em seu coração.
Mas ao voltar para casa, ela se entristeceu novamente ao perceber que todos continuavam na busca aflitiva por notícias da menina.
Na mesma tarde, exatamente as 5 horas, Zuleide recebeu um telefonema: sua neta havia sido encontrada. Fora achada por uma senhora que também já era avó, e que morava na cidade velha. Essa senhora, juntamente com o esposo, antes de levar a menina para a delegacia, decidiu alimenta-la em casa.
Muito feliz, Zuleide abraçava seus filhos enquanto gritava: “Graças a Deus, o menino Zezinho trouxe minha neta de volta!

Imagem ilustrativa fonte: http://www.assombrado.com.br/2014/03/menino-fantasma-muito-real.html
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