Este caso aconteceu em 2007, em uma ilha de uma cidade vizinha à Belém, mas é tão interessante, que decidimos contar ele aqui em nossa página.
Ele nos foi contado por dona Júlia, que mora desde seu nascimento no interior da cidade de Abaetetuba, numa região chamada região das ilhas. Na época, ela morava com seu marido e seus seis filhos, três s homens e três mulheres, todos com idade entre três e dezesseis anos. A seu pedido, os nomes de seus filhos foram substituídos por nomes fictícios.
Eram cinco horas da manhã de uma sexta feira do mês de março de 2007, quando Júlia, como sempre fazia, levantou-se para suas atividades cotidianas. Como Luana, sua filha mais velha, também levantava-se cedo, ela estranhou o fato de a garota ainda estar deitada, e foi até sua rede para ver se ela estava doente. Ao chamar a filha, esta virou-se para ela com um estranho olhar e uma visível expressão de ódio no rosto, passando a xinga-la com palavrões absurdos.
Assustada com o que ouvia da filha, uma menina até então de palavras e jeito dóceis, Júlia afastou-se em direção ao marido, que depois de ouvi-la, foi até a jovem, para saber o que estava acontecendo. Chegando diante da filha, esta levantou-se e como se estivesse possuída por alguma força, e passou a atacar violentamente seu progenitor.
Tentando segura-la , seu Arionor não podia entender como aquela jovem franzina podia ter tanta força. Logo depois, dois de seus filhos homens, Cassio de 14 e Carlos de 13, correram para socorrer o pai, e conseguiram, com a ajuda deste, dominar a jovem e segura-la no chão da palafita onde moravam.
Desesperada, Júlia gritou pela ajuda dos vizinhos, que logo trouxeram um pastor, que passou a rezar na cabeça da jovem durante horas, até que finalmente, o ser que parecia domina-la acalmou-se e ela adormeceu. A essa altura, como já se aproximavam das onze horas da manhã, todos já tranquilizados, retomaram suas atividades cotidianas, Júlia decidiu dar continuidade às tarefas do lar, e seu marido, saiu para trabalhar em seu pequeno barco de frete.
O restante do dia transcorreu normalmente, Luana depois de acordar, mostrava-se a mesma jovem tranquila de sempre. Tudo parecia ter voltado ao normal. Porém, próximo das seis horas da tarde, quando o dia já começava a escurecer, Luana começou a sentir-se mal e chamou pela mãe. Preocupada, Júlia chamou Lucas, seu menino mais novo, que à época tinha dez anos, e mandou que ele chamasse novamente o pastor. Enquanto isso, pediu que Cassio e Carlos, a ajudassem com Luana. Eles então a deitaram na cama, e o inesperado aconteceu: Luana voltou a gritar ofensivamente contra Júlia, e Cassio, jogou-se no chão, passando a se debater e rolar de um lado para o outro da casa. Carlos, o outro irmão, gritava assustadoramente enquanto dava estranhos saltos contra a parede. Júlia desesperou-se, e com medo que os filhos possuídos fizessem algum mal contra sua caçula de três anos, correu em sua direção, tomou-a nos braços e correu para a cozinha da casa. A essa altura, Diná, sua outra filha, que tinha na época 11 anos de idade, também parecia estar possuída por aquela força diabólica.
Julia conta que ainda passou mais de dez minutos vendo os filhos gritarem, saltarem e xingarem pela casa, como se fossem animais selvagens. Um deles passou a arrancar as tábuas da parede da sala só com as mãos. Júlia estava apavorada. Não conseguia mexer-se do canto da cozinha, atrás do fogão de barro, lugar onde abrigava-se protegendo a caçula.
De repente, seu filho retornou acompanhado do pastor da igreja e mais uma dezena de fiéis, além de mais alguns vizinhos. Depois de entregar a filha a um deles e pedir que levassem-na dali, ela ajoelhou-se no meio da sala e passou a apelar repetidamente para que Deus livrasse seus filhos daquele mal.
O pastor e os membros de sua igreja, tentavam segurar os quatro jovens possuídos, mas eles pareciam ter uma força descomunal. Um deles, Diná, conseguiu ser dominada, mas os outros três, não se segurava por muito tempo. O pastor passou a ser atacado por dois deles, que deferiram-lhe enorme quantidade de socos e pontapés, até que as outras pessoas conseguiram livra-lo.
A noite já avançava quando um padre da região apareceu em uma pequena embarcação conduzida por um vizinho. Por sua sugestão, todos, ele, o pastor, os membros de sua igreja e os vizinhos, fizeram uma roda em torno dos jovens e passaram a rezar ininterruptamente. Alguns dos jovens possuídos ainda tentaram agredir o padre e o pastor novamente, mas eram contidos pelas pessoas. Um bom tempo depois, Após um grito assustador que vinha detrás da casa, dois olhos vermelhos brilharam por segundos na escuridão do quintal. Logo depois, os jovens caíram no chão quase que ao mesmo tempo. . Todos estavam esgotados. Algumas pessoas machucadas, e Júlia, sem entender o que se passava, extremamente consternada e assustada.
O Padre foi embora. O pastor e outras pessoas, passaram o resto da noite ali. De manhã, tudo parecia ter voltado ao normal. O mais incrível é que nenhum de seus filhos que foram possuídos, mantinham qualquer lembrança do que ocorrera. Também quase não tinham nenhum machucado.
Mesmo depois de alguns anos já terem se passado, Júlia lembra dessa experiência ainda aterrorizada: “foi o pior dia de minha vida”.
Imagem ilustrativa fonte: http://flickrhivemind.net/Tags/abaetetuba,ilhas/Interesting